domingo, 6 de novembro de 2016

Homework for November 9 - Watchmen (cont.)

Select one of the following:

1. Read the New Frontiersman piece in the last page of chapter VIII and find textual evidence for strategies guiding point of view and ideological assumptions.

2. For those of gore disposition, try a sequential image analysis of the opening sequence of chapter XII (p. 1 to 6). Try to associate visual and textual elements with previous markers in the story.



2 comentários:

  1. Existem exemplos de frases ou colocações que contêm uma premissa ideológica anti-comunista: "Red Armageddon", e "the cossack boot of the U.S.S.R.". Existe, também, um exemplo que tem por detrás não só um sentimento anti-comunista mas também anti-intelectual: "pseudo-intellectual Marxist-brat rock-star". É também possível observar, no excerto "very real dangers of that culture being overrun and mongrelized", um particípio passado que provém da palavra "mongrel" (um cão de raça mestiça), e que portanto reflete uma premissa racista e anti-miscegenação de raças.
    De modo a influenciar a opinião pública, Hector Godfrey utiliza um sem-número de colocações escandalosamente parciais: "unfounded attack", "hardly necessary", "inflamatory publication", "wild and hysterical attack", "potentially catastrophic", "tenuous links", "wild-eyed conspiracy theory", "irresponsible scaremongering", "pothead disregard", "snotty-nosed and unsubstanciated attack", "cringing staff of pinko sycophants", "useless laws", "sipneless dupes", "sneering references", "perfectly justified retaliatory bombing", "supposed infringements", "time-tested patriotic virtues", e "pernicious piece of propaganda".
    Estas colocações tornam-se extremamente favorecedoras no que diz respeito aos justiceiros mascarados ("masked adventurers", "captured vigilante", "aforementioned hero", e "hooded justice"), e chegam a ser comicamente eufemísticas no que toca ao infame Ku Klux Klan ("later excesses", "decent people", e "perfectly reasonable fears"), mostrando claramente uma motivação ideológica conservadora e um apoio a estes homens mascarados.
    Godfrey recorre também a várias hipérboles quando descreve as hipotéticas consequências dos ataques comunistas e dos seus simpatizantes, de modo a suscitar o pânico: "bloody wave of civil disorder", "searing nuclear apocalypse", e "subjugation as a nation beneath the cossack boot of the U.S.R.R.". Em coerência com esta estratégia, Godfrey tenta repetidamente exaltar o espírito nacionalista dos seus leitores: "we, as a nation, should rally around those symbols that are closest to the great, warm, red-white-and-blue beating heart of this beleaguered country", "our sense of national identity, our pride", "there are those who (...) see fit to ridicule and deride the very notions that have made America what she is today!", "a snotty-nosed and unsubstantiated attack not only upon this paper and upon the individual costumed adventurers themselves, but also upon a whole American institution!", "What about the Boston Tea Party?", "they did work voluntarily to preserve American culture", e "someone without the moral backbone necessary to call himself an American".
    Godfrey recorre também a uma lógica quase sofística para justificar o infringimento de leis internacionais: "Yet what are laws made for, if not to serve mankind? And if those laws through unforeseen circumstance become no longer applicable, is it not more noble to follow the course of right and justice; to serve the spirit of the law rather than its every dot and comma?"
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    A persuação dos leitores de New Frontiersman é fortemente auxiliada pelo cartoon "As we see it...". Nesta imagem, o justiceiro de aspecto ariano (o que reforça ideiais racistas) é desmascarado e algemado pelo marxista Doug Roth (representando as consequências nefastas da perseguição destes "heróis" pelo Nova Express), enquanto a família-modelo deste "all American hero" observa, assustada. A enfrentá-lo está um inimigo imediato - a delinquência juvenil (que maneja uma fisga e lê banda desenhada)- mas também inimigos menos directos, como o judeu capitalista, o mafioso italiano, e o russo comunista. Entre os dois combatentes encontra-se uma mulher afro-americana, parcamente vestida, a vender o que parecem ser vários tipos de droga - representando, portanto, a degradação dos "family values" (assim como uma inclinação racista) . O marxista Doug Roth, ao mesmo tempo que prejudica significativamente o justiceiro, afirma "Now, I want a fair fight!" - isto é suposto despertar compaixão nos leitores do New Frontiersman. Na audiência encontra-se o "John Q. Public", ou seja, o homem comum, claramente a dormir, anestesiado e ignorante acerca desta injustiça, e a Lady Liberty, a chorar pelo estado decadente dos Estados Unidos da América, "land of the free, home of the brave".

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