A apresentação que mais me agradou foi a dos convidados Ivo Canelas e Rita Lello. Algo que se notou desde o inicio ao fim, e que me fascinou, foi a química que existiu entre os dois sobre o assunto que falaram, e a química que foram construindo com os alunos a assistir.
A mensagem principal que retirei da apresentação foi que, no mundo da representação fala-se imenso de “talento natural” mas que não é bem assim que funciona. Grande parte do talento que um actor adquire parte também da convivência com outros profissionais, da experiência que se ganha de lugares que se frequenta, de outros espectáculos que se vão fazendo, tudo isso em conjunto também contribui para que o talento aumento. Por fim, para se ser actor não basta apenas treino, não basta apenas uma boa memória e sim um estudo estruturado da personagem, como se fizéssemos parte dela. Segundo o Teatro do Método, criado por Maiakovski e posteriormente adaptado nos EUA pelo Actor's Studio, com grande predominância na representação dos anos 60, esse estudo da personagem incorporava um condicionamento do corpo para as reações tidas como específicas do seu caráter ou das suas atividades.
Tenho pena de não ter assistido a esta aula, mas concordo com a mensagem que foi retirada: ser ator não basta ter "talento natural". Há, de facto, várias componentes que ajudam à construção do ator, e penso que a experiência e a convivência são muito importantes. Todos nós crescemos e evoluímos com as nossas experiências e vivências, mas também com as pessoas com quem lidamos.
ResponderEliminarDeve ter sido uma apresentação interessantíssima. Já vi a Rita Lello, umas 3 vezes pelo menos, a atuar na peça As Vampiras Lésbicas de Sodoma (que tenho imensa pena que tenha terminado, depois de anos em cena) e admiro as suas atuações.
Patrícia Silva, nº41166