A conclusão da leitura de Watchmen só reforçou a ideia que eu tinha de Rorschach (Walter Kovacs). Para mim, esta foi a personagem que mais captou a minha atenção. Desde o início que Rorschach se apresenta bastante misterioso e persistente, na medida que se mostra extremamente empenhado em descobrir o assassino do Comedian (Edward Blake). De facto, isto pode remeter para as famosas histórias de detectives americanas, nas quais encontramos uma personagem icónica, o detective, envolvido numa teia de suspeitos e enredos de conspiração que terá de desvendar para chegar a uma conclusão (tal como em "The House in Turk Street", onde o detective vê-se inserido na "toca do lobo"). Além disso, o próprio casaco de Rorschach lembra, quase de imediato, a figura do detective americano. O que também me espantou ao longo de toda a história foi o facto de esta personagem ter sempre seguido os seus instintos, especialmente na parte final da BD quando todos concordam em não difundir o que Ozymandias (Adrian Veidt) tinha feito, e Rorschach decide manter-se fiel à sua perspectiva e mostra vontade de regressar aos EUA. O facto de ser impedido pelo Dr. Manhattan (Jon Osterman) pode ser uma alusão à sociedade actual, pois todos os que demonstram ser inimigos das grandes potências (aqui, Adrian Veidt) acabam por ser "eliminados" ou excluídos do panorama governamental. A utilização da máscara por Rorschach é também um acto um tanto curioso, pois o recurso ao branco e ao preto representam a sua forma "manicheista" de ver o mundo - este encontra-se dividido em duas secções, sendo elas o Bom e o Mau, sem a existência de quaisquer sombras entre elas. O pragmatismo de Rorschach parece-me também muito presente aquando dos seus diálogos com as restantes personagens, isto porque Rorschach é apresentado como alguém que não utiliza frases extensas (ainda que conectadas correctamente), mas sim um conjunto de frases muito curtas. Assim, penso que o leitor fica com a sensação de que esta personagem quer, de facto, descobrir quem matou o Comediante, conferindo então essa noção de rapidez e pragmatismo.
Essa mesma noção de rapidez pode ser associada ao estilo de vida nos centros urbanos ou, neste caso, em Nova Iorque (grande alvo da destruição de Adrian Veidt).
A conclusão da leitura de Watchmen só reforçou a ideia que eu tinha de Rorschach (Walter Kovacs). Para mim, esta foi a personagem que mais captou a minha atenção. Desde o início que Rorschach se apresenta bastante misterioso e persistente, na medida que se mostra extremamente empenhado em descobrir o assassino do Comedian (Edward Blake). De facto, isto pode remeter para as famosas histórias de detectives americanas, nas quais encontramos uma personagem icónica, o detective, envolvido numa teia de suspeitos e enredos de conspiração que terá de desvendar para chegar a uma conclusão (tal como em "The House in Turk Street", onde o detective vê-se inserido na "toca do lobo"). Além disso, o próprio casaco de Rorschach lembra, quase de imediato, a figura do detective americano.
ResponderEliminarO que também me espantou ao longo de toda a história foi o facto de esta personagem ter sempre seguido os seus instintos, especialmente na parte final da BD quando todos concordam em não difundir o que Ozymandias (Adrian Veidt) tinha feito, e Rorschach decide manter-se fiel à sua perspectiva e mostra vontade de regressar aos EUA. O facto de ser impedido pelo Dr. Manhattan (Jon Osterman) pode ser uma alusão à sociedade actual, pois todos os que demonstram ser inimigos das grandes potências (aqui, Adrian Veidt) acabam por ser "eliminados" ou excluídos do panorama governamental.
A utilização da máscara por Rorschach é também um acto um tanto curioso, pois o recurso ao branco e ao preto representam a sua forma "manicheista" de ver o mundo - este encontra-se dividido em duas secções, sendo elas o Bom e o Mau, sem a existência de quaisquer sombras entre elas.
O pragmatismo de Rorschach parece-me também muito presente aquando dos seus diálogos com as restantes personagens, isto porque Rorschach é apresentado como alguém que não utiliza frases extensas (ainda que conectadas correctamente), mas sim um conjunto de frases muito curtas. Assim, penso que o leitor fica com a sensação de que esta personagem quer, de facto, descobrir quem matou o Comediante, conferindo então essa noção de rapidez e pragmatismo.
Essa mesma noção de rapidez pode ser associada ao estilo de vida nos centros urbanos ou, neste caso, em Nova Iorque (grande alvo da destruição de Adrian Veidt).
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